domingo, 7 de dezembro de 2008

Ponte da Arrábida *o*


A Ponte de Arrábida é uma ponte em arco sobre o Rio Douro que liga Porto (pela zona da Arrábida) a Vila Nova de Gaia (pelo nó do Candal), em Portugal.

No tempo da sua construção em 1963, a ponte tinha o maior arco em betão armado de qualquer ponte no mundo.

O comprimento total da plataforma é de 615m, tendo uma largura de 27m. O seu vão de 270 m, e 52 m de flecha, arco esse constituído por duas costelas ocas paralelas, de 8 m de largura ligadas entre si por contraventamento longitudinal e transversal.

O engenheiro responsável pelo seu projecto e construção foi Edgar Cardoso.

A Ponte da Arrábida foi a segunda ponte entre o Porto e V. N. Gaia a ser construída para a circulação rodoviária, sendo uma das seis pontes ainda existentes na cidade do Porto, sendo estas por ordem de construção a Ponte de D. Maria Pia, a Ponte D. Luiz I, a própria Ponte da Arrábida, a Ponte de São João, a Ponte do Freixo e a Ponte do Infante.

Por volta da década de quarenta constatou-se que a circulação na Ponte D. Luiz I, entre o Porto e V.N. de Gaia, se fazia com muita dificuldade, motivado sobretudo pela expansão demográfica do distrito do Porto e do Concelho de Vila Nova de Gaia, e reconheceu-se a necessidade de uma travessia alternativa. Em Março de 1952 a J.A.E.(Junta Autónoma das Estradas), adjudicou a elaboração dos anteprojectos a um Engenheiro de Pontes de renome mundial - o Professor Edgar Cardoso. O projecto viria a ser aprovado em 1955.

Com um custo de cerca de 240 mil contos, cerca de 1.200.000€, em Março de 1957 foram iniciadas as obras. Na sua construção foram gastos 20 mil toneladas de cimento, 58.700 m³ de betão armado, 2.250 toneladas de aço nos varões e 2.200 toneladas de aço laminado, no cimbre utilizado.


Vista dos Jardins do Palácio de CristalA 22 de Junho de 1963 é finalmente inaugurada a Ponte da Arrábida,no mandato de Nuno Pinheiro Torres, dispondo de quatro elevadores para que os peões podessem vencer a distância de setenta metros do rio ao tabuleiro, facilitando em muito a travessia pedonal.

Nas torres dos elevadores, parte integrante da estrutura daquela obra de arte, podem observar-se quatro esculturas ornamentais com cinco metros de altura, fundidas em bronze. Duas do lado do Porto, do escultor Barata Feyo, simbolizando "O Génio Acolhedor da Cidade do Porto" e "O Génio da Faina Fluvial e do Aproveitamento Hidroeléctrico"; e duas do lado de Gaia, do escultor Gustavo Bastos, representando "O Domínio das Águas pelo Homem" e "O Homem na sua Possibilidade de Transpor os Cursos de Água".

Já em relação ao tabuleiro era composto por duas faixas de rodagem com 8 m cada, separadas por uma faixa sobrelevada de 2 m de largura, duas pistas para ciclistas com 1,70 m cada, dois passeios sobrelevados de 1,50 m de largura.

By: Sara Santos

Nenhum comentário: